As redes sociais são uma das ferramentas de comunicação mais utilizadas pelas empresas e mais presentes no dia a dia de bilhões de pessoas. Por outro lado, segundo dados do IBGE (2019), o Brasil possui cerca de 17,3 milhões de Pessoas Com Deficiência (PCDs). Esse valor corresponde a 8,4% da população. Porém, menos de 1% dos sites brasileiros são acessíveis. Assim, a acessibilidade digital nas redes se torna algo muito importante para criar engajamento.

A acessibilidade digital vai, desde o uso de itens comuns, como, por exemplo, um texto alternativo ou legendas, até a configuração de cores de uma postagem. Assim, neste texto, você poderá ver alguns pontos que podem facilitar a criação de conteúdo com acessibilidade e responsabilidade social.

Ferramentas nas redes

As quatro maiores redes sociais do mundo já possuem ferramentas que podem ajudar na criação de conteúdo mais acessível. Por exemplo, o Facebook, que possui quase 3 bilhões de usuários, conta com gerador de legendas para vídeos e inserção de texto alternativo. Conheça abaixo o que são essas ferramentas que facilitam a acessibilidade para seu conteúdo.

ALT: o texto alternativo

Pessoas com deficiência visual usam os leitores de telas para conhecer os conteúdos postados em redes como o Instagram, que possui certa de 1,5 bilhão de usuários. Por isso, o texto alternativo serve para a descrição de imagens. Experimente ativar em seu celular o VoiceOver (iOS) ou o TalkBack (Android), essas são ferramentas de leitura de tela nativas desses tipos de aparelho.

O ALT deve descrever fielmente a imagem. Com isso, algumas perguntas simples devem ser respondidas: Onde ocorre? Quem está na imagem? Que ação está sendo evidenciada? Tem cenários, carros, armas ou alguma coisa? Quanto mais detalhes você usar mais fácil será para a pessoa com deficiência visual conseguir imaginar aquele conteúdo.

Aqui está um exemplo de ALT para a imagem acima: “A imagem traz um fundo urbano, em tons cinzas, arvores sem folhas. O fundo da imagem está desfocado, com prédios nas laterais direita e esquerda.  No centro do fundo da imagem há uma rua deserta, com vários pilares de bloqueio metálicos nas margens da rua. Em destaque no centro da imagem há uma mulher, do busto para cima olhando para frente, de cabelo curto, liso e preto, com o rosto arredondado e olhos estreitos e angulados, sorrindo. A mulher está vestindo um terno preto sobre uma camisa branca e com os braços abaixados.”

Aqui está um exemplo de ALT para a imagem acima: “A imagem traz um fundo urbano, em tons cinzas, arvores sem folhas. O fundo da imagem está desfocado, com prédios nas laterais direita e esquerda.  No centro do fundo da imagem há uma rua deserta, com vários pilares de bloqueio metálicos nas margens da rua. Em destaque no centro da imagem há uma mulher, do busto para cima olhando para frente, de cabelo curto, liso e preto, com o rosto arredondado e olhos estreitos e angulados, sorrindo. A mulher está vestindo um terno preto sobre uma camisa branca e com os braços abaixados.”

Vídeos com acessibilidade

Para os vídeos é recomendado o uso de legendas e áudio descrição. Para isso, você pode usar a ferramenta que algumas redes oferecem ou aquele editor de vídeo que você conhece. Abaixo você poderá consultar uma série de normas para que o seu vídeo seja acessível.

  • Utilize fonte Arial, no tom branco ou amarelo, sempre com fundo preto, e no tamanho 47;
  • Sempre colocar a legenda na parte inferior respeitando o campo visual da imagem;
  • Lembre-se que o tamanho máximo de cada legenda deve ser de 47 caracteres, organizados em duas linhas;
  • Ao transcrever o diálogo, use sempre o nome das pessoas no vídeo no início das falas. Além disso, não se esqueça de descrever sons de fundo importantes usando colchetes;
  • Em caso de uso de outros idiomas, descreva isso também, usando colchetes.

Essas normas também devem ser consideradas para legendar stories, reels, posts no tiktok e outros vídeos mais curtos. Além disso, vale lembrar que, quanto mais acessibilidade no seu conteúdo, melhor é a entrega e o engajamento de suas postagens.

Texto acessível

O ponto aqui é sempre ser claro, assertivo e objetivo. Ao escrever um email marketing, procure seguir algumas das dicas baixo:

  • Evitar o uso de termos muito complicados de pronunciar ou entender;
  • Ao usar hashtags, colocar a primeira letra de cada palavra em maiúsculo facilita o entendimento e a leitura do que está lá;
  • Não use caracteres especiais para simular emojis, pois o leitor de telas não compreende. Então, ao usar 🙂 para representar 😊, o leitor irá ler: “dois pontos, parênteses”.

SEO e o conteúdo com acessibilidade

Os blogs e sites que fazem uso da tecnologia de SEO, devem se preocupar com o texto alternativo para suas postagens. Isso porque o mecanismo do algoritmo tem buscado, cada vez mais, páginas e conteúdos com maior acessibilidade.

Então, é necessário prestar atenção no ALT até mesmo para GIF (imagens em movimento) e infográficos, já que os leitores de tela não conseguem ler o texto que existe nele. Além disso, legendar conteúdo também facilita esse processo de maior alcance do conteúdo. Entretanto, é necessário evitar o uso dos criadores de legenda automática, pois muitas das vezes não irá atender algumas das normas de acessibilidade.

Conheça mais sobre o assunto acompanhando nosso blog. Além disso, conte com a Prelo Comunicação para fortalecer sua presença digital e ampliar a força de sua marca.